

CULTURAS DE COBERTURA
Tal como o nome indica, as culturas de cobertura são áreas semeadas (com plantas anuais ou perenes) com o intuito de criar uma camada de proteção do solo contra potenciais agentes erosivos (gotas de chuva por exemplo) e de favorecer a infiltração da água e manutenção do seu teor em matéria orgânica.













Para além destes dois objetivos principais, e em consonância com os mesmos, ao utilizarmos estas estruturas conseguimos;
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Manter e melhorar os níveis de nutrientes no solo e conservar a sua estrutura e estabilidade; regular a humidade e a temperatura do solo ao diminuir a evaporação; aumentar o conteúdo em matéria orgânica e atividade biológica do solo; incrementar a rugosidade superficial de maneira a favorecer a retenção de sedimentos; combater potenciais ervas infestantes; aumentar a produtividade da exploração e de outras culturas contiguas (podemos potenciar serviços de polinização dependendo da cultura que utilizarmos); melhorar esteticamente as paisagem e incrementar alguma biodiversidade.
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Ao utilizarmos espécies que usem mais azoto durante o Outono, como por exemplo a Colza (Brassica napus), ou espécies com um sistema radicular bastante extenso, como o Centeio de Inverno (Secal cereale), conseguimos não só remover mais azoto como conseguimos reduzir o risco de lixiviação durante o Inverno. Ao utilizarmos ao mesmo tempo, duas espécies de grupos taxonómicos diferentes, com necessidades de nutrientes diferentes e sistemas de enraizamento diferentes conseguimos remover ainda mais azoto.